A construção da identidade e da autoestima de grupos historicamente marginalizados está diretamente ligada à forma como essas populações são representadas na sociedade. No Brasil, onde o racismo e a LGBTfobia estão estruturados em diversas camadas sociais e culturais, a população negra LGBTQIA+ enfrenta desafios que vão além da discriminação, incluindo o apagamento histórico de suas contribuições e a constante estereotização midiática que sempre buscou ridicularizar nossos corpos e identidades.
É neste cenário que surge o Projeto Afropocs, que visa resgatar e enaltecer toda a história de luta de figuras históricas da comunidade negra Queer em defesa dos direitos humanos básicos e da dignidade desta parcela marginalizada da sociedade: desde personalidades políticas a lideranças comunitárias, influenciadores e agitadores culturais, esportistas, comunicadores, artistas e intelectuais.
Surgido em agosto de 2024 pela União de Negros e Negras Pela Igualdade (UNEGRO) em parceria com a 23° Parada LGBT+ de Sergipe, o projeto inicialmente nasceu com a proposta de ser uma exposição física que celebrasse a história negra Queer e combatesse o apagamento de figuras importantes na luta pelos direitos humanos básicos da comunidade LGBT brasileira e internacional. Logo o projeto se estendeu para outras agendas tornando-se uma proposta itinerante, além de expandir-se também para as plataformas digitais.
Atualmente, o “Afropocs” busca desenvolver em seu público alvo (Jovens negros não cis-heterossexuais) o senso de pertencimento comunitário e a promoção da história negra LGBTQIA+ desenvolvendo atividades que envolvem os mais diferentes meios comunicacionais: Desde palestras com a temática racial até eventos, festas, produtos digitais como nosso podcast AfropocCast, além de outras produções que estão em desenvolvimento. Para ter mais atualizações de agendas, campanhas e outros projetos desenvolvidos pelo Afropocs, siga as nossas redes sociais.